sexta-feira, agosto 12, 2005

respirar

Sempre escrevendo, sempre caminhando e divagando, está alguém para entrar.
é espantoso como por vezes nos superamos.....como por vezes somos capazes de libertar o grito que nos comove.. . . ..o grito que nos respira.. . . . .. .é fabuloso. . .que alguém nos acente os pés na terra. . . . . .é fabuloso quando alguém diz em silêncio . . . ..até já. . . ..no infinito. . . . . .é fabuloso. . .que alguém pinte as cores do sentir. . . . . . .
vou chegando aos poucos lá. . . . .. ..=).. . . .. .e sozinho. .. . . . .. .é libertador... . . . . ..esta coisa de estar só.. . . . .deixei de sentir angústia . . . .. ...deixei de libertar as lágrimas. . . . ..porque mais não há. . . .. ... . as razões. . . ..parece que são todas. . . . . .. .mas o que realmente me respira é a vontade imensa de viver. . . . .. .. . .ser vivido . . . .de seguir.. .. . .de caminhar. . . . .de sorrir. . . .. de ser eu... . .sem o ser. . . . .sendo. . .apenas. . . . .viver. . . . . . .. . .é tudo o que quero. . . .e aqui estou. . . .nesta contínua viagem. . .. .sem volta. . . . .porque alguém me disse que olhar para trás fazia doer o pescoço . . . . ..e que não podia parar. .. . . . ..vejo agora que nunca parei.. . . . .. . . .sempre .. . . ..

margem

Não, não tenho nos bolsos
Punhado algum de terra
Para firmar os dedos.

Sigo a margem do rio
E logo a água enche
O sulco das pegadas.

E sei assim que a margem
Firme é só um momento
Que não regressa, pois
A terra é logo água.

Manuel Amaral