quinta-feira, setembro 14, 2006

Á

"A segunda criação é um jogo que permite escrever o que cada um fala o que cada ser é.
escrever uma História de Amor em tudo igual às outras onde, poderia ou não, Falar de Amor mas que concerteza falaria de ciúme
falsa mentira tenebrosa, que assombra....ilusões do nada... o frio do medo. não te quero perder na imensidão do mundo meu... amo-te...
E foi assim, uma vez, uma palavra dita - bem dita e maldita ao mesmo tempo - que à força de ser repetida transformou o próprio amor. E ficou o silêncio ... calado ...
Na espera, no costume ... a feracidade do vento e da história do ser sentado ou em pé ou deitado ou nadando, voando quem sabe pelo vento fora e ver algo que não é visível porque se é olhado, e quando se olha não se vê logo dá um murro nos olhos e aprende a ver, não a olhar
penetrante que me faz desejar-te muito mais que à vida.
Amo-te para me matar!
E o suicídio respira-me
Num silêncio povoadamente ruidoso. Que merda.
E, de súbito, num virar de página: ...
a vida passa a ser exactamente respirar viver ... andar no mundo, todo o que formos capazes de caminhar .... aprender a trovoada do amanhecer que construo para aquilo não conhece e só conhece quando já foi construído ... Nada feito o pesadelo deu lugar ao sonho de menino ... urge na existência dos seres inacabados, instrumentalizados, produzidos industrialmente destinado ao consumo dos próprios pelos mesmos, tornando-se a sua inexistência evidente ...
Dente, ente, rende, acende, queima, amanhã, arde, verde ...
ser ... talvez as palavras que tremem ... ou as rajadas das energias que fulguram ... se calhar por ser uma palavra que gosto ... ou porque esta palavra agora ... aqui está para falar ... e ao compasso da voz que fulgura o voltar a ser
Enfim ...
O fim! ao avesso."

jogo do cadáver esquisito - 18 Julho, Solstício de Orfeu